Em nossa vida, três requisitos são necessários e importantes para se alcançar a felicidade futura.
O primeiro deles é o perdão. Perdoar é (como ensinou Alziro Zarur), “transferir a Deus o julgamento”. Isso porque, na nossa condição de seres humanos falíveis, o que mais ocorre é não saber dar aos fatos o justo e real merecimento que eles devem ter. Muitas vezes somos capazes de não perdoar porque, simplesmente, julgamo-nos superiores ao ato do perdão, ou seja, quantas vezes aprendemos que não se deve perdoar, mesmo de forma velada, isto é, “eu perdoo, mas não esqueço nunca”. Perdoar é, repetindo, como ensinou o poeta da Era Atômica, “transferir a Deus o julgamento”, pois é Ele quem sabe, melhor que todos nós, a razão porque nos acontecem fatos que julgamos imerecidos.
Por outro lado, existe ainda o pedir perdão. Atitude nem sempre tomada, pois nos julgamos superiores, demasiadamente grandes para pedir perdão. “Pedir perdão é coisa pra otário, eu não peço”. E assim, demonstra-se uma falta de humildade diante de Deus, na pessoa de Seus filhos. Mas, apesar disso, queremos (e exigimos) que nos perdoem, porque, afinal de contas, nossa atitude nunca foi na intenção de magoar.
Aliás, parece-nos que nunca é mesmo, pois se alguém, dolosamente, nos quer prejudicar, quase nunca consegue; mas a pessoa que nos deseja ajudar quase sempre nos magoa. E o mesmo ocorre no sentido inverso. Quando não queremos prejudicar alguém, é quando esse alguém se sente prejudicado. Aí, não temos que pedir desculpas, só porque nossa intenção era ajudar e não magoar. Mas, mesmo sem querer, magoamos, e aí temos o dever moral e ético de pedir que nos perdoem. Mas temos humildade o suficiente para isso?
O segundo requisito é invocar a presença de Jesus diante de qualquer desafio. Nas palavras do mestre Zarur: “em qualquer situação, pensemos logo em Jesus”.
Isso significa que estaremos questionando-O a respeito da decisão que Ele tomaria, se estivesse no nosso lugar. Agindo assim, cremos que tomaremos a decisão acertada, pois Jesus nos inspirará.
Por derradeiro, a lição dos grandes sábios da humanidade: “ajuda-te e Deus te ajudará”. Em outras palavras significa que é preciso ao homem fazer a sua parte para que Deus faça a dele. Embora Ele sempre faça a sua parte, os homens (que se consideram donos da verdade), ainda resolvem colocar n’Ele a culpa pelo não alcance da felicidade. É comum ouvirmos argumentações assim: fiz tudo que estava ao meu alcance, ainda assim Deus não ajudou. Insana ignorância! Um simples exame de consciência mostra que o homem nada fez, enquanto que Deus cumpriu a sua parte. Mas como depende da realização de ambos, uma parte não cumprindo a sua, a outra, sozinha, nada consegue.
Vivendo assim, o ser espiritual pode atingir mais facilmente a felicidade.
Paulo de Morais
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário