quinta-feira, 12 de maio de 2016

MULHERES







As mulheres que, por mais que desejem, jamais se igualarão aos homens. Vejam que desde o princípio da humanidade, pelo menos no que se tem registro, a mulher sempre foi submissa ao homem, sempre abandonada ao plano inferior. A mulher não podia estudar. Era-lhe negado este direito. Poucas lutavam contra esse tipo de preconceito e conseguiam destacar-se nas diversas sociedades. Mas o chamado sexo frágil com o tempo ganhou espaço, principalmente na segunda metade do século XX. Mesmo assim, a igualdade está longe de ser alcançada.

O desenvolvimento tecnológico possibilitou algumas mudanças que lhes facilitaram a vida. Assim, as antigas donas de casa disponibilizaram tempo para novas tarefas que as levaram a conquistar profissões antes inimagináveis, além de um aperfeiçoamento cultural que assombra.

Isso gerou um caos na sociedade e uma exigência de revisão do comportamento familiar. Em muitos casos houve até uma inversão de papéis, ou seja, enquanto o homem, que perde espaço, fica em casa nos afazeres domésticos, a mulher sai para ganhar o sustento da família.

Será que essa mudança é benéfica? A medida de competência não está na questão sexual, mas na questão moral. As mulheres podem igualar-se aos homens, e até superá-los, profissionalmente, mas, por questões que lhes fogem à vontade, jamais estabelecerão a igualdade entre os sexos.

Se por um lado os avanços tecnológicos as favorecem, por outro elas favorecem a sociedade porque são as grandes propulsoras do progresso humano. Por mais que queiram ser vistas em pé de igualdade com os homens, a natureza colabora para que isto não ocorra. A elas compete a tarefa mais importante pela qual jamais serão igualadas aos homens: gerar a vida e guiá-la (até mesmo a dos homens, ao menos quando crianças).



Vejam o exemplo da Mãe Universal da Cristandade – Maria. Não nos consta que ela desejava realizar uma grande missão na vida. No entanto, o que aconteceu? Realizou uma missão extraordinária quando se tornou mãe do Salvador da Humanidade.


Outras mulheres há que colaboraram com o Mestre durante a sua permanência visível entre os homens. Exemplos: a samaritana, Madalena, Marta e Maria, aquela não nomeada que ungiu os pés do Senhor e outras citadas por Lucas no capítulo 8.

Outras mulheres destacaram-se no transcorrer da história humana: Joana D’Arc, Madre Teresa, Princesa Isabel que, a 13 de maio de 1888, assinou a Lei Áurea que acabava com a escravidão no Brasil. A escravidão, essa mancha que contaminou a pátria do Evangelho durante a época da colonização.
Escravos trabalhando na colheita de cana-de-açúcar
Mancha que foi, aos poucos, sendo destruída pelas leis Eusébio de Queirós (que proibia o tráfico de escravos), a do ventre livre e do Sexagenário. E o Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravidão.

Hoje, os escravos são outros. Somos todos nós: escravos do tempo, do dinheiro, da vida social etc. E a pergunta é: onde está nossa princesa Isabel? Quem há de libertar os escravos modernos? As mães. Elas é que podem fazer isso, inspiradas pela Mãe Universal – Maria, a quem clamo numa oração de paz:




segunda-feira, 2 de maio de 2016

DE RUI AOS NOSSOS DIAS: O QUE MUDA NA EDUCAÇÃO?

No último século, não obstante os esforços de alguns, como salientou Arnaldo Niskier,
Arnaldo Niskier
“a qualidade do que foi oferecido aos alunos é suspeita”. A escassez de bons profissionais, aliada a outros fatores, contribui para o empobrecimento do Ensino.


            Apesar da falta de incentivo à leitura no lar, nas escolas, no dia a dia, algumas pessoas têm o hábito de ler jornais e revistas, mas de forma superficial. Aliar a essa leitura cotidiana uma leitura técnica implica enorme sacrifício: não há tempo disponível; os livros são caros; não estou com cabeça para pensar em questões gramaticais – são algumas desculpas que se ouve todo momento, refletindo a realidade, contra a qual Rui Barbosa escreve, em uma de suas imortais sentenças:
Rui Barbosa
“Uma reforma radical do ensino público é a primeira de todas as necessidades da Pátria, amesquinhada pelo desprezo da cultura científica e pela insigne deseducação do povo.” E conclui: “O Estado tem deveres para com a ciência. Cabe-lhe, na propagação dela, um papel de primeira ordem.”


           Vê-se, por um lado, nas palavras do Águia de Haia, que o primordial problema brasileiro, hoje enfocado pelo professor Niskier, resiste ao tempo devido a pusilanimidade dos que juraram contra ele luta sem tréguas.

           Por outro, se o Estado der Educação para o povo, contrariando o “pão e circo”, não poderá dominá-lo. Razão porque condena-o, adotando sistemas que fazem com que as crianças e os jovens – que, muitas vezes, já vêm predeterminados à vadiagem escolar – sejam ainda mais desleixados quanto aos estudos. Com o passar do tempo, tem-se uma sociedade estéril, alheia da literatura nacional, e – o que é pior – cega.

Diante disso, o profissional de Letras tem de trabalhar sozinho, sacrificando-se em benefício de seus alunos, que, ante a complexidade da língua portuguesa, não sabem o que fazer. Como saber se se fala e se escreve de acordo com a norma exigida? Que comportamento deve-se ter diante das muitas situações que surgem na vida? São os desafios que fazem crescer a importância daqueles que na Educação trabalham.

No entanto, a tarefa desses profissionais não se restringe apenas em ensinar normas gramaticais. É, antes de tudo, um trabalho de formação da cidadania que, se bem cumprido, torna melhor o país.

Os causadores de confusão nas cabeças das crianças e dos jovens que, na escola, aprendem como se deve escrever, são os erros ortográficos que se veem pelas ruas, nas placas de anúncios, painéis, além de uma infinidade de erros transmitidos pelos meios de comunicação que são assimilados e dificultam, ainda mais, o acesso dos jovens brasileiros a melhores salários, melhores representações políticas etc.


Lutar contra esses deslizes propagados pelos que, em nome de uma liberdade de expressão, têm pela língua nacional um verdadeiro descaso, requer dedicação, conhecimento profundo e jogo de cintura daquele que educa. A vasta problemática exige tempo e vocação, mas apontar soluções é tarefa do profissional de Letras, que deve amenizar o terrível quadro apresentado no século XX, para, numa progressão geométrica, mudá-lo completamente. Necessário se faz, portanto, incentivo, realização de dinâmicas, interações com as crianças e com os jovens, para tornar o aprendizado uma atividade divertida e agradável, no intuito de que os brasileiros do futuro comecem a usar corretamente a língua portuguesa, desde a mais tenra idade.