domingo, 16 de março de 2008

SILHUETA

Noite. No céu, o luar é quem vela
Tão forte como que buscando entrever
Pelas cortinas que cerram a janela
O amor que está para nascer.

Quando a chuva na vidraça se esfacela
Esfriando o mundo em novo amanhecer
Dentro dessa improvisada capela
O amor se aquece na ânsia do prazer.

Por mais que a noite logo passe
E a chuva a vidraça logo embace
Vê-se pela janela a silhueta sua.

Mulher-moça, completamente nua,
Arrebatada nas asas da paixão
Cavalgando em “slow-motion”
(Paulo de Morais – Livro: O Poeta e seus amores)

Nenhum comentário: