Coberto apenas o templo do amor,
No jardim do Éden Eva perfeita
Como um soneto que o poeta deita
Nas areias de meu São Salvador.
Pele bronzeada ao sol e ao calor
Lábios quentes, voz rouca, boca estreita,
Fartos seios, mãos, dunas, toda feita
Curvas onde o mar tempera o sabor.
Homero, Petrarca, Horácio ou Camões
Nem mesmo Anchieta nos versos canta
Tanta beleza que os olhos encanta.
No entanto na doce boca (que vejo?!)
Maldito cigarro a roçar num beijo
A lhe fustigar os pobres pulmões.
(Paulo de Morais
Livro: Tardes Trigueiras)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Oi Paulo!!!
Linda poesia! Parabéns por sua sensibilidade!
Bjssssss
Postar um comentário