sábado, 29 de março de 2008

BANHO DE SOL

Coberto apenas o templo do amor,
No jardim do Éden Eva perfeita
Como um soneto que o poeta deita
Nas areias de meu São Salvador.

Pele bronzeada ao sol e ao calor
Lábios quentes, voz rouca, boca estreita,
Fartos seios, mãos, dunas, toda feita
Curvas onde o mar tempera o sabor.

Homero, Petrarca, Horácio ou Camões
Nem mesmo Anchieta nos versos canta
Tanta beleza que os olhos encanta.

No entanto na doce boca (que vejo?!)
Maldito cigarro a roçar num beijo
A lhe fustigar os pobres pulmões.

(Paulo de Morais
Livro: Tardes Trigueiras)

Um comentário:

Unknown disse...

Oi Paulo!!!
Linda poesia! Parabéns por sua sensibilidade!
Bjssssss